terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Terapia Médica com células-tronco embrionárias

O primeiro estudo clínico em humanos

Terapia baseada em células-tronco embrionárias humanas será testada nos EUA em pacientes com lesões na medula espinhal

Numa decisão histórica, uma empresa da Califórnia, a Geron Corporation, recebeu autorização do Food and Drug Administration (FDA), órgão que regula o uso de remédios e a venda de alimentos nos Estados Unidos, para testar em pessoas uma terapia baseada no emprego de células-tronco embrionárias humanas. A companhia vai injetar células-tronco em até dez pacientes com paralisia devido a graves lesões na medula espinhal e analisar a segurança e os possíveis efeitos do procedimento. É a primeira vez em todo o mundo que uma terapia com esse tipo de célula recebe sinal verde para ser experimentada em humanos.

As células-tronco embrionárias têm a capacidade de se transformar em qualquer tipo de célula e tecido do corpo humano. Mas não se sabe ao certo que reações elas podem provocar quando introduzidas num organismo e também se é possível controlar seu processo de transformação em células mais específicas. Um dos riscos sempre mencionados é o de que a introdução das células-tronco embrionárias pode provocar certos tipos de tumores nas pessoas. Além disso, grupos religiosos e até mesmo alguns cientistas questionam se é ético usar embriões humanos descartados para obter esse tipo de célula, que parece ter um enorme potencial terapêutico.

Como deu o aval para que os primeiros testes clínicos em humanos sejam realizados, o FDA entendeu que hoje os possíveis benefícios desse novo tipo de terapia são maiores do que os riscos e as questões morais.

Leia toda a notícia acessando o link abaixo:

sábado, 24 de janeiro de 2009

Vírus que infectam vírus

Virófagos e Sputniks

Surpreso com esses termos? Não fique, pois eles se referem a vírus que parasitam vírus. É isso mesmo que você leu. Em 2003, pesquisadores anunciaram a descoberta, em Bradford, na Inglaterra, de vírus gigantes que receberam o nome de mimivírus, parasitas de amebas que viviam em torres de resfriamento.

Agora, os mesmos pesquisadores isolaram uma nova linhagem de vírus gigantes em amebas encontradas em uma torre de resfriamento em Paris. Esses vírus receberam o nome de mamavírus, por serem um pouco maiores do que os mimívirus anteriormente descritos. No interior das amebas, os mamavírus utilizam os seus genes para organizar uma verdadeira “fábrica de replicação viral”.

Agora, o fato surpreendente. Ao estudarem amebas infectadas por mamavírus, os pesquisadores perceberam – com a utilização de microscopia eletrônica – a presença de vírus menores que estavam parasitando os mamavírus no interior da ameba! Ou seja, esses vírus menores, que os pesquisadores denominaram de sputniks – por constituírem satélites dos vírus maiores –, atuavam como parasitas de vírus, ou, se quiserem, como virófagos (nome dado em alusão aos vírus bacteriófagos, que parasitam bactérias).

Comparado ao mamavírus, o genoma de um sputnik é bem pequeno: possui cerca de 21 genes, mas ele causa estragos consideráveis. Ele apodera-se da maquinaria de replicação dos mamavírus (na fábrica de replicação viral existente no interior da ameba) para se reproduzir. O importante nisso é que os pesquisadores descobriram, ainda, que amebas co-infectadas com vírus sputniks liberam mamavírus deformados, revelando que os sputniks são realmente parasitas desses vírus gigantes, neles causando uma “doença” deformante.

É realmente o primeiro caso notificado de vírus parasitas de vírus. Para encerrar, os vírus gigantes e os seus correspondentes vírus satélites também parecem coexistir em organismos do plâncton marinho, o que poderia explicar possíveis efeitos na ciclagem de nutrientes com a participação desses seres nos oceanos.

Microscopia eletrônica em que podem ser vistosmamavírus (vermelho) e sputniks (verde).
Fonte: PEARSON, H. “Virophage” suggests virus are alive. London, Nature, v. 454, n. 7205, 7 Aug 2008, p. 677.

Definições e conceitos gerais: introdução

Aprenda a usar as Normas da ABNT (1 de 4)

Dicas para você começar a normalizar seus trabalhos com perfeição.

Quando o assunto é “Normas da ABNT”, muitos estudantes e profissionais chegam a ter um frio na barriga, só de pensar em passar horas e horas formatando e organizando um documento ou trabalho acadêmico. O terrorismo de que a formatação é complicada e burocrática realmente assusta, mas seguindo todas as dicas disponíveis no site BaixaKi sobre as famosas normas da ABNT, vamos desmitificar tudo isso!

Primeiramente, o conceito mais importante a ser definido é ABNT. Esta é a sigla de “Associação Brasileira de Normas Técnicas”, entidade privada sem fins lucrativos, que é o órgão responsável pela normalização técnica no Brasil. Fundada em 1940, a ABNT fornece a base normativa necessária ao desenvolvimento tecnológico no país.

Por que usar as Normas da ABNT?

Imagine a situação: Trabalho de Conclusão de Curso da faculdade e o seu orientador avisa que toda a estrutura do seu trabalho deve ser feita com base nas Normas da ABNT... E você se pergunta: por que toda essa burocracia? O motivo é simples, pois a normalização estabelece um padrão para que os temidos TCCs tenham uma estrutura de informações que possa ser entendida por todos.

O mesmo ocorre no caso de um produto, em que todos os procedimentos de uso seguem um padrão que proporciona meios mais eficientes para a troca de informação entre o fabricante e o cliente. Além disso, a normalização facilita o intercâmbio comercial, evitando conflitos de regulamentos sobre produtos e serviços. “Na prática, a Normalização está presente na fabricação dos produtos, na transferência de tecnologia, na melhoria da qualidade de vida através de normas relativas à saúde, à segurança e à preservação do meio ambiente.” (ABNT, 2008).

As razões para usar normas em um negócio são imensas, como: recursos para melhoria de produtos e serviços em geral, facilidade para exportar produtos, redução de erros, atender aos padrões e regulamentações técnicas, aumentar a confiança ao negócio e muitos outros fatores.

Portanto, quando seu professor pedir a padronização do seu trabalho nas Normas da ABNT, não pense que isso é uma chatice ou que ele tem um plano para prejudicar você (isso apenas para aquelas pessoas que têm mania de perseguição). Imagine se cada um pudesse fazer o trabalho da maneira que quisesse... Alguém poderia entregá-lo numa folha amarela, com a fonte Comic Sans, tamanho 36, sublinhada e com efeito tachado!

Agora que você já sabe alguns motivos para normalizar um trabalho, começaremos a parte divertida da normalização: conhecer e destrinchar o conteúdo das normas. Quando eu estava na Universidade, tive a sorte de ter uma professora “intérprete” que ensinou e traduziu todos os termos rebuscados das normas, facilitando a compressão para muita gente.

Então, para se ter um aproveitamento melhor das normas, segue um glossário com os termos mais usados. Nos próximos artigos referentes às normas, estes termos serão citados, ou seja, é importante conhecê-los.

GLOSSÁRIO COM OS TERMOS MAIS ENCONTRADOS NAS NORMAS

1. Anexo: os anexos também são elementos opcionais, ou seja, são incluídos apenas se o auto achar necessário. Difere-se dos apêndices pelo fato de ser um material não elaborado pelo autor, já que a forma de digitação e inclusão é a mesma.

Exemplo: ANEXO A – MANUAL DE PROCEDIMENTOS – 2008.

2. Anverso da folha de rosto: é a “parte da frente” da folha de rosto.

3. Apêndice: elemento opcional que foi elaborado pelo próprio autor do trabalho como forma de complemento. O termo Apêndice deve ser digitado em letra maiúscula, em negrito e diferenciado dos demais por letras do alfabeto consecutivas.

Exemplo: APÊNDICE A - Relação de softwares mais baixados no Baixaki.

4. Capa: elemento obrigatório para proteção externa do trabalho com informações indispensáveis para identificação deste.

5. Citação: menção feita no trabalho, mas que foi elaborada por outro autor e, conseqüentemente, extraída de outra fonte de informação.

6. Epígrafe: citação e autoria que o autor do trabalho ache interessante e que tenha uma relação com o trabalho. As epígrafes, normalmente, são encontradas nas primeiras páginas de um trabalho.

7. Errata: lista com folhas e linhas que apresentaram algum erro no trabalho e, logo na seqüencia, as devidas correções. Normalmente, a errata é um papel avulso entregue junto com o trabalho impresso.

8. Folha de rosto: elemento obrigatório com elementos essenciais para identificação do trabalho — todo o detalhamento do conteúdo presente em uma folha de rosta será tratado no artigo sobre Normalização de Trabalhos Acadêmicos.

9. Glossário: uma lista em ordem alfabética contendo um termo e sua respectiva definição.

10. Índice: Relação, que pode ser tanto de palavras quanto frases, ordenadas de acordo com um critério determinado, que localiza e remete o leitor para informações presentes em um texto.

11. Lista: enumeração dos elementos presentes em um texto, como siglas, ilustrações, datas etc. A numeração de cada item da lista deve seguir a ordem de ocorrência no trabalho.

12. Referências: elemento obrigatório em todos os trabalhos, contendo uma lista de fontes (livros, manuais, CDs, DVDs, mapas etc.) utilizadas e consultadas durante o desenvolvimento do trabalho. As normas para referências serão tratadas em um próximo artigo.

13. Resumo: apresentação rápida e clara com os pontos importantes e que serão discutidos/tratados no trabalho como um todo.

14. Sumário: enumeração de todos os elementos e seções de um texto, ou seja, todos os títulos e outras partes de um trabalho, com o número da página em que se encontram. A ordem e a grafia devem seguir o mesmo padrão apresentado no desenvolvimento do trabalho.

15. Verso da folha de rosto: parte de trás da folha de rosto, contendo a ficha catalográfica.

Estes são apenas alguns termos, não tão conhecidos, e encontrados nas normas. Eles farão com que você entre no clima da normalização e comece a ficar preparado para as próximas explicações — para colocar a mão na massa, que é o que mais interessa. Pois, a normalização não é um bicho-de-sete-cabeças.


Escrito por: Andressa Xavier

Citações: dicas e exemplos

Aprenda a usar as Normas da ABNT: Citação (2 de 4)

Dando continuidade ao processo de formatação de documentos, hoje, o assunto tratado será citação. A norma brasileira para elaboração de citações é a NB10520 e tem como objetivo apresentar as características oficiais para a criação de citações em todo o tipo documento, nos quais o emprego das Normas da ABNT seja necessário.

Aprendendo a citar, aprendendo a dar valor...

Assim como já diria Armando Nogueira: “Copiar o bom é melhor que inventar o ruim”, em todo o tipo de trabalho ou criação de projetos, acabamos copiando ou emprestando parte do conhecimento de outras pessoas. Entretanto, isso não ocorre porque não tivemos a capacidade de pensar em algo do gênero antes, mas sim porque existem fontes que realmente servem como base para desenvolver um trabalho, e, conseqüentemente, devem ser usadas e consultadas.

Copiar o bom não é feio, de maneira alguma! Feio é copiar e não citar a fonte... Fazendo isso, você acaba se apoderando e levando créditos com base no conhecimento de outra pessoa, sendo antiético e completamente deselegante. É a mesma coisa que ocorre quando você tem uma idéia mirabolante, seja no trabalho ou na escola, e alguém vai lá, copia o que você fez e ainda diz “Fui eu que fiz!”. Que tipo de sentimento você teria? Certamente, você não ficaria feliz.

Mas muita gente deve pensar: “Ah, ninguém nem vai descobrir”, mas pode ter certeza que alguém, um dia, descobrirá. Existem casos de alunos que foram expulsos de Universidades pelo fato de terem copiado na íntegra o trabalho de outras pessoas. Para evitar problemas, enaltecer o trabalho dos outros (que, afinal de contas, devem ter suado a camisa para desenvolvê-lo) e fazer com que os seus trabalhos tenham citações corretas, a NBR 10520 está disponível e por isso devemos utilizá-la.



TIPOS E REGRAS DE CITAÇÃO

Existem três tipos de citação propriamente ditos, além das notas de referência e de rodapé: citação direta, citação indireta e citação de citação. Primeiramente, é interessante aprender os tipos e exemplo para, depois, verificar uma compilação com os pontos de destaque.

CITAÇÃO DIRETA

A citação direta é a transcrição textual fiel de parte de um conteúdo de uma obra, ou seja, durante a elaboração de um trabalho acadêmico, por exemplo, foi necessário consultar um autor específico e, para o seu trabalho, alguma frase foi importante. Nesse caso, você vai copiá-la, mas vai citá-la. Por ser a transcrição exata de uma frase/parágrafo de um texto, a frase/parágrafo em questão será apresentada entre aspas duplas, podendo assumir duas formas:

1. Citando e referenciando: a chamada pelo nome do autor, quando feita no final da citação, deve apresentar-se entre parênteses, contendo o sobrenome do autor em letra maiúscula, seguido pelo ano de publicação e página em que o texto se encontra.

Exemplo 1:
“Não saber usar a internet em um futuro próximo será como não saber abrir um livro ou acender um fogão, não sabermos algo que nos permita viver a cidadania na sua completitude” (VAZ, 2008, p. 63).

2. Referenciando e citando: a citação a seguir foi feita como sendo um parágrafo do texto. Assim, o sobrenome do autor deve ser digitado normalmente, com a primeira letra em maiúscula e as demais em minúsculo, seguido do ano e página em que o texto se encontra, sendo estas informações apresentadas entre parênteses.

Exemplo 2:
Segundo Vaz (2008, p. 63) “não saber usar a internet em um futuro próximo será como não saber abrir um livro ou acender um fogão, não sabermos algo que nos permita viver a cidadania na sua completitude”.

Como você pode ver, a citação direta é a cópia exata de um texto. Caso o documento original contenha algum tipo de grifo, como uma palavra em negrito, em itálico ou sublinhado, a sua citação deve ter esse tipo de grafia, acrescentada com a observação “grifo do autor”.

Exemplo 3:
“Uma das referências mais conhecidas a respeito do conceito de padrão de projeto é o livro A Timeless Way of Building, escrito em 1979 pelo arquiteto Christopher Alexander” (KOSCIANSKI; SOARES, 2007, p. 289, grifo do autor).

Esse mesmo tipo de observação aplica-se quando, por exemplo, você tiver feito algum grifo na citação, para enfatizar uma palavra ou frase. No caso, deve-se acrescentar a expressão “grifo nosso”, indicando que o presente autor (você) fez a alteração.
Exemplo 4:
“O termo defeito no PSP refere-se a tudo que esteja errado em um software, como erros na arquitetura, na representação de diagramas, problemas em algoritmos etc.” (KOSCIANSKI; SOARES, 2007, p. 123, grifo nosso).

CITAÇÃO DIRETA COM MAIS DE TRÊS LINHAS

As citações com mais de três linhas devem ter um tipo de destaque diferente: é necessário reduzir o tamanho da fonte, podendo ser para 10 ou 11 e também é preciso aplicar um recuo de 4 cm em relação à margem esquerda.

Frase muito grande para citação:

Imagine um parágrafo com 10 linhas, sendo que apenas a primeira e a última linha interessam a você. Nesse caso, você vai usar uma supressão, que é a inclusão de um sinal de colchetes com reticências, exatamente como esse [...], indicando que um trecho do texto não foi usado, veja um exemplo:

“As propostas de melhorias de processo e tecnologia são coletadas e analisadas [...] com base nos resultados de projetos-piloto” (KOSCIANSKI; SOARES, 2007, p. 153).

CITAÇÃO INDIRETA

Depois de ler um artigo, você chegou a uma conclusão semelhante a do autor consultado. Mas por algum motivo pessoal, você não tem interesse em usar as mesmas palavras e exatamente a mesma estrutura que encontrou no artigo em questão. Nesse caso, você fará uma citação indireta, já que o seu texto teve como base uma obra consultada. Seguindo o mesmo formato de apresentação da citação direta, a indireta também deve conter o autor da frase citada, bem como o ano da publicação do artigo/livro. Apresentar a página em que o conteúdo se encontra é opcional.

Exemplos:
Lancaster (1993, p. 6) aponta como um aspecto importante na recuperação das informações é a extensão dos conteúdos a serem indexados.
ou:

Um aspecto importante na recuperação das informações é a extensão dos conteúdos a serem indexados (LANCASTER, 1993).

As citações indiretas podem ter mais de um autor, até pelo fato de que você pode ter consultado várias obras até chegar a sua conclusão, veja:

Tanto Weaver (2002, p.18) como Semonche (1993, p. 21) apontam questionamentos que devem preceder o planejamento da indexação de artigos de jornais, como: Qual a finalidade do artigo? Quem é o público-alvo que terá acesso ao artigo? Que tipo de informação o usuário procura?


CITAÇÃO DE CITAÇÃO

Livros antigos e considerados clássicos em um assunto são importantes serem citados. Mas nem sempre eles estão disponíveis. Imagine um livro do ano de 1970, que foi publicado apenas nos Estados Unidos ou outro livro que, por algum motivo, você não tenha conseguido encontrar em livrarias, sebos e bibliotecas... Você não teve acesso ao documento em seu formato original, mas, durante suas pesquisas, encontrou um autor que teve a sorte de ter em mãos o documento, e este fizera uma citação extremamente importante para o seu trabalho.

Não pense que você perderá a oportunidade de usar este conteúdo. Para contornar isso, existe a citação de citação. Como o próprio termo leva a entender, você fará uma citação de um conteúdo que foi citado na obra que você está consultando. Esse tipo de citação é recomendado em último caso, já que o correto é tentar localizar a fonte original. Veja dois exemplos, tanto de citação direta quanto indireta.

Exemplo de citação de citação (seguindo o modelo direto):

Segundo Van Dijk (1983), citado por Fagundes (2001, p. 53), “no texto jornalístico é convencional apresentar-se um resumo do acontecimento abordado. Esse resumo pode ser expresso por letras grandes separadas do resto do texto ou na introdução no ‘lead’”.

Exemplo de citação de citação (seguindo o modelo indireto):

Segundo Fujita (1999) citada por Fagundes (2001, p. 65) a indexação engloba três fases: 1) análise por meio da leitura do documento, em que serão selecionados os conceitos; 2) síntese, com a elaboração de resumos e 3) a identificação e seleção de termos com auxílio de uma linguagem documentária.

REGRAS GERAIS E SÍNTESE DA NORMA
De maneira sintetizada, aqui você confere os pontos importantes a respeito dos tipos de citação e outras dicas:

Citação Direta

1. Deve conter o ano de publicação e a página que o texto foi extraído.
2. Se você primeiro citar a frase entre aspas, a referência do autor deve apresentar-se na ordem: (SOBRENOME DO AUTOR, ano, página). Lembre-se: sobrenome do autor em caixa alta.
3. Se você primeiro referenciar o autor, para depois fazer a citação, use: Sobrenome (ano, número da página). Lembre-se: apenas a primeira letra do sobrenome em maiúscula.
4. Se a citação tiver algum termo entre aspas " ", coloque-o entre aspas simples, já que a citação em si (a frase toda) apresenta-se entre aspas duplas.
Citação Indireta
Segue a mesma formatação quanto a referência do sobrenome do autor (no início ou no final da frase), ficando a critério do autor (você) inserir o número da página em que o texto foi retirado.

Citação de Citação

Segue a mesma formatação quanto a referência do sobrenome do autor (no início ou no final da frase). Lembre-se de usar esse tipo de citação com cautela, para não fazer um trabalho do tipo “fofoca”, no qual você apenas copia algum conteúdo que, na verdade, já foi copiado.

Notas de rodapé:

As notas de rodapé são caracterizadas por números ou letras apresentado no final da citação, que aparecem em seqüencia, no corpo do trabalho.

No rodapé, você pode referenciar:
Um trabalho que ainda esteja em fase de elaboração, sendo que em seu texto, deve constar a expressão entre parênteses (em fase de elaboração).
Informações verbais obtidas durante uma conversa, dados coletados em uma palestra etc., sendo que em seu texto, deve constar a expressão entre parênteses (informação verbal).
Qualquer tipo de menção que julgue necessário, seguindo as normas de referências ou vocabulário livre.

Detalhes, muitos detalhes estão presentes nas normas de citação. Lendo pela primeira vez, tudo isso pode parecer muito confuso e difícil, mas com o passar do tempo a formatação acaba sendo tão intuitiva e direta, que você, com certeza, não precisará consultar as explicações acima. Os processos, tanto para direta, indireta ou citação de citação acabam sendo parecidos, fato que permite memorizar melhor o processo.

Ao final deste artigo encontram-se as fontes utilizadas como referências, para fazer os exemplos de citações... Elas estão de acordo com a NBR 6023, referente às informações e documentação necessárias para elaboração de referências.


REFERÊNCIAS

XAVIER, Andressa Cristina. Processamento informacional de um jornal histórico com vista à sua disponibilização na internet. 2007. 80 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Gestão da Informação) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2007. [Orientador: Prof. Dr. Ulf Gregory Baranow].

KOSCIANSKI, A.; SOARES, M. Qualidade de software: aprenda as metodologias e técnicas mais modernas para o desenvolvimento de software. São Paulo: Novatec Editora, 2007.

VAZ, Conrado Adolpho. Google Marketing: o guia definitivo do marketing digital. São Paulo: Novatec Editora, 2007.


Escrito por: Andressa Xavier

Como elaborar Referências e exemplos

Elaboração de Referências em trabalhos acadêmicos (3 de 4)

No artigo anterior sobre as Normas da ABNT, você verificou como é feio se apropriar do conhecimento alheio, sem citar a fonte. Todo mundo gosta de receber créditos e saber que um conteúdo disponível, seja na internet ou em um livro impresso, ajudou e realmente foi útil para outras pessoas. Mas além de citar os autores no corpo do texto, você também deve criar uma lista com todo o referencial teórico consultado durante o desenvolvimento de seu trabalho. E essa lista terá as “Referências” do trabalho. O referencial teórico é um elemento obrigatório nos trabalhos acadêmicos e cada tipo de documento informacional que foi usado, como livros, filmes, monografias, mapas etc. deve ser referenciado.

Partindo do exposto, o objetivo deste artigo é fazer com que vocês aprendam as especificidades, durante a criação de uma referência, dos tipos de documentos informacionais mais utilizados em trabalhos acadêmicos.

Livros

Os livros, sem dúvida, são os documentos mais usados como base para fazer um trabalho. As referências desses documentos são semelhantes aos de uma monografia (com algumas peculiaridades que serão citadas), manuais, dicionários, enciclopédias entre outros.

Os elementos principais para referenciá-los são os seguintes:

Sempre você vai começar a referência pelo sobrenome do autor em letra maiúscula, seguido de seu nome com apenas a primeira letra maiúscula. Depois, coloque um ponto. Agora, insira o título do livro com um destaque, que pode ser em negrito, itálico ou sublinhado.

Coloque um sinal de dois pontos e digite o subtítulo do livro. Em seguida, adicione a edição do livro apenas sob a forma de numeral. Ponto. Insira o local de publicação do livro seguido de dois pontos. Agora, escreva o nome da editora, coloque uma vírgula e o ano de publicação. Mais um ponto. Adicione o número de páginas do livro e ponto final.

Tenho certeza que depois de ler os dois parágrafos acima você pensou: “é muita coisa e tudo é muito complicado, não quero mais saber disso”, mas não é, e não desista! As notações e todos os pontos e vírgulas devem ser inseridos corretamente, pois fazem parte da norma. Nos exemplos você vai identificar as abreviações de edição e páginas. Para facilitar a visualização e fixação da seqüência, segue um “esquema” abaixo:

É como se fosse uma receita de bolo, você pode segui-la à risca, bem como pode acrescentar alguns ingredientes que forem necessários. Isso vai acontecer no caso de mais de um autor. Mas, existem alguns dados, como o número da edição do livro, que, caso você não cite em seu trabalho, não farão com que você perca pontos. Veja alguns exemplos com as abreviações corretas:

Livro: apenas um autor e nome por extenso

VAZ, Conrado Adolpho. Google Marketing: o guia definitivo do marketing digital. 2. ed. São Paulo: Novatec Editora, 2007. 480 p.

Livro: apenas um autor e nome abreviado

VAZ, C. A. Google Marketing: o guia definitivo do marketing digital. 2. ed. São Paulo: Novatec Editora, 2007. 480 p.

Livro: até três autores com nome por extenso

GOMES, Elisabeth; BRAGA, Fabiane. Inteligência Competitiva: como transformar informação em um negócio lucrativo. 2. ed. São Paulo: Editora Campus, 2007. 142 p.

Livro: até três autores com nome por abreviado

GOMES, E.; BRAGA, F. Inteligência Competitiva: como transformar informação em um negócio lucrativo. 2. ed. São Paulo: Editora Campus, 2007. 142 p.

Monografias e Teses

A seguir, você pode conferir a referência de uma tese de mestrado. Note que os elementos essenciais estão presentes, acrescentados por especificações como o nome do curso de mestrado, Universidade e professor orientador.

FAGUNDES, S. A. Leitura em análise documentária de artigos de jornais. Marília, 2001. 322 p. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Universidade Estadual Paulista, São Paulo, 2001. [Orientadora: Profa. Mariângela Spotti Lopes Fujita].

Caso a sua referência tenha sido um trabalho de conclusão de curso, ela ficará deste jeito:

XAVIER, A. C. Processamento informacional de um jornal histórico com vista à sua disponibilização na internet. 2007. 80 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Gestão da Informação) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2007. [Orientador: Prof. Dr. Ulf Gregory Baranow].

MONOGRAFIA ONLINE

Mas agora suponha que esta mesma monografia esteja disponível no site da Universidade e que você tenha acessado o conteúdo exatamente neste formato pela internet. A referência ficará assim:

XAVIER, A. C. Processamento informacional de um jornal histórico com vista à sua disponibilização na internet. 2007. 80 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Gestão da Informação) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2007. [Orientador: Prof. Dr. Ulf Gregory Baranow]. Disponível em: . Acesso em: 6 nov. 2008.

Toda vez que um documento for encontrado na internet, você deve colocar no final da referência o link de acesso entre os sinais de < > e data em que o conteúdo foi acessado. Basta seguir exatamente a expressão usada acima, e tudo está certinho.

Revistas

Quando o artigo for de uma revista, coloque o sobrenome do autor em letra maiúscula, seguido se seu nome com apenas a primeira letra em maiúsculo. Digite o título do artigo, coloque dois pontos caso ele tenha um subtítulo e digite ponto. Insira o nome da revista em que o artigo foi publicado, destacando-o com negrito, itálico ou sublinhado. Digite vírgula, o volume da revista, vírgula novamente, o número da revista, mais uma vírgula, período em que o artigo foi publicado, vírgula, ano de publicação e ponto final.

Exemplos:

SOBRENOME DO AUTOR, Título do artigo. Nome da revista, volume, número, período de publicação, ano de publicação.

Exemplos: LIMA, V. M. A. Estudos para implantação de ferramenta de apoio à gestão de linguagens Documentárias: vocabulário controlado da USP1. Revista Transinformação, v. 18, n. 1, jan./abr., 2006.

LOPES, I. L. Uso das linguagens controlada e natural em bases de dados: revisão da literatura. Ciência da Informação, v. 31, n. 1, p. 41-52, jan./abr. 2002.


A notação para volume é apenas a letra “v”, em minúscula, acrescentada por um ponto e o número em algarismo arábico. O mesmo ocorre para os números das revistas, mas com a notação “n”, também em minúsculo. Os períodos de publicação em meses são expressos abreviadamente. Como segue abaixo:
  1. Janeiro = jan.
  2. Fevereiro = fev.
  3. Março = mar.
  4. Abril = abr.
  5. Maio = maio
  6. Junho = jun.
  7. Julho = jul.
  8. Agosto = ago.
  9. Setembro = set.
  10. Outubro = out.
  11. Novembro = nov.
  12. Dezembro = dez.

Exemplos diversos

Artigo online de uma entidade

NISO. National Information Standars Organization. Understanding Metadata. Disponível em: http://www.niso.org/standards/resources/UnderstandingMetadata.pdf. Acesso em: 02 jun. 2007.

Artigo publicado na internet
ROSETTO, M.; NOGUEIRA, A. H. Aplicação de elementos metadados Dublin Core para descrição de dados bibliográficos on-line da biblioteca digital de teses da USP. Disponível em: . Acesso em: 13 abr. 2007.
Órgãos do Governo
BRASIL. Ministério Público Federal. Rede de Bibliotecas. Indexação: orientações técnicas. Brasília, DF, 2005.

Legislação
BRASIL. Código civil. 46. ed. São Paulo: Saraiva: 1995.


Basicamente é isso. Com o tempo, você começa a ter mais prática na elaboração das referências, sempre que necessário consulte as normas da ABNT.
Escrito por: Andressa Xavier/ com algumas adaptações.

Normalização de trabalhos acadêmicos


Normalizando trabalhos acadêmicos (4 de 4)


Final do ano chegando e a loucura para entrega de trabalhos finais e monografias se intensifica. E, mais do que nunca, você precisa estar afinado com as Normas da ABNT. Neste artigo, vamos apresentar as regras gerais para normalização de trabalhos acadêmicos, seguindo como base a NBR 14724.

Elementos obrigatórios

Em um trabalho acadêmico, existem elementos da estrutura considerados obrigatórios, ou seja, se você esquecer de colocá-los perderá pontos. Eles são:

Pré-Textuais (elementos que vêm antes do trabalho propriamente dito): capa, folha de rosto, resumo, sumário. Essa é a relação de elementos essenciais, mas se você achar necessário, poderá adicionar uma página de errata (corrigindo algum erro verificado após a impressão do trabalho e sem tempo para correção), folha de aprovação, dedicatória, agradecimentos, epígrafe (que é uma frase que você julgue impactante para seu trabalho), lista de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas e lista de símbolos.

Textuais: seu trabalho, com introdução, desenvolvimento e considerações finais.

Pós-Textuais (elementos que vêm depois da conclusão do seu trabalho): referências e outros elementos adicionais tais como: apêndice (quando foi você fez), anexo (quando foi retirado de alguma fonte) e glossário.

Numerando as páginas

Você começa a contar a partir da folha de rosto, mas só vai iniciar a numeração na página da introdução. Ou seja, você não deve colocar a numeração em nenhum elemento pré-textual. Deste modo, a primeira página a apresentar numeração será a folha referente a Introdução, antes dela, as folhas são contadas mas não devem ter numeração. Estes números de páginas devem constar no canto superior direito da folha.

Margens e espaçamento

Segundo a ABNT, as margens dos trabalhos acadêmicos devem ter os valores de superior: 3 cm; esquerda: 3 cm; inferior: 2 cm e direta: 2 cm.

Esses são os valores de base para a apresentação do seu trabalho, lembrando que todo o desenvolvimento do texto deve ter os parágrafos justificados. Os espaços entre linhas devem ser de 1,5 cm; com exceção das citações longas que são apresentadas em espaços simples e deslocamento de 4 cm em relação à margem.

Numeração de seções

O conteúdo do seu trabalho é dividido em seções, sendo que normalmente você começa por: 1 INTRODUÇÃO, 2 JUSTIFICATIVA e assim por diante. Mas quando o trabalho possuir mais de uma subdivisão de seção, a numeração desses itens expressa-se conforme o exemplo:
1 GRANDES BIOMAS DO MUNDO (Maiúsculo e em negrito);

1.1 PRINCIPAIS BIOMAS BRASILEIROS (apenas maiúsculo);

1.1.1 Floresta Amazônica (apenas as primeiras letras de cada palavra em maiúscula);

1. 1. 1. 1 Clima e vegetação (apenas a primeira letra da primeira palavra em maiúscula);
E assim por diante...

Seguindo os passos apresentados nos artigos - com certeza, você não terá mais problemas em compreender como deve ser feita a normalização dos trabalhos usando as Normas da ABNT.

O site BaixaKi também disponibiliza um exemplo de trabalho acadêmico, que pode ser visualizado no link: http://www.mediafire.com/?ozzfdiznzzw


Escrito por: Andressa Xavier (com adaptações).